quarta-feira, 30 de abril de 2008

Descubra você mesmo quando rezar


O seu encontro com Deus não pode ser um instante fugaz e rápido

Cada pessoa passa por momentos particulares na vida, que segue o seu ritimo. É preciso descobrir também o próprio ritmo de oração, fazer encontro com Deus um encontro personalizado. Deus não é uma idéia nem uma energia impessoal, como o calor do sol ou a brisa do vento. Ele é uma pessoa viva e verdadeira com quem podemos e devemos dialogar. É necessário tratar Deus como o melhor amigo que temos e recebe-lo dentro de nós numa atitude de acolhida, preparar para Ele um espaço na nossa vida. Os hóspedes sempre devem ser recebidos bem. Devemos acolher a Deus e ter consciência de que Ele tem um único desejo: nos amar e fazer a nossa vontade.
Santa Terezinha é um modelo de oração. Ela diz: “nunca passei mais de três minutos sem pensar em Deus!”
Gostaria de poder apresentar algumas indicações de quando você rezar, deixando a liberdade de ampliá-las como mais lhe agradar. Todo caminho não pode ser estático ele deve ser dinâmico, aberto para introduzir outras motivações e tirar algumas que, em determinado momento, já não nos dizem mais nada. Nós mudamos muito. Não seria conveniente usar no inverno roupa de verão e nem no verão, roupa de frio. Nossa oração deve corresponder às exigências que encontramos no caminho da vida.
Antes de iniciar a sua oração, faça silêncio dentro e fora de você para perceber o impulso da sua vida interior. Do que você necessita hoje? Como quer viver o tempo que o Senhor lhe dá.
O seu encontro com Deus não pode ser um instante fugaz e rápido, mas constante e permanente. Da sua situação humana, afetiva, psicológica, social, vai depender também o seu modo de rezar, de pedir, de dialogar com Deus. Há pessoas que rezam sempre a mesma oração pedindo chuva, mesmo quando há enchente que atrapalha tudo e provoca desastres. E se justificam na maneira de rezar: “em qualquer lugar do mundo devem existir lugares que precisa de chuva!” A minha oração tem um caráter universal, mas Jesus nos ensinou em várias circunstancias a historicizar a nossa oração, faze-la nascer da vida concreta, do dia-a-dia.
Já foi dito várias vezes que a oração não pode ser restrita a momentos particulares. É a vida que deve tornar-se oração, devemos colocar-nos continuamente na presença de Deus que orienta e sustenta o nosso caminho. È importante ter sempre em nossa frente a Bíblia e acompanhar, por meio de sua leitura meditativa, a história do povo que vai a caminho de terra prometida percorrendo noites, desertos, até chegar a conclusão de que a felicidade que Deus oferece não é a de situações baratas. Exige de nós constantes renuncia, “um saber dizer não” a tudo o que nos afasta de Deus e assumir a verdade como único caminho.
O ser humano, na sua caminhada sobre a terra, depara com aquelas situações obscuras que tornam impossível continuar o caminho sozinho, é preciso Deus. Sem Deus não há uma visão completa e harmoniosa da existência humana. Muitas vezes, nos encontramos em situações em que nos sentimos tão pobres que necessitamos de Deus como a terra precisa de água para viver, as plantas, do sol, e a vida, de amor.
Na verdade, só Deus é força. É preciso nos convencer de que só Deus –Pai, Filho e Espírito Santo é a fonte de nossa felicidade e sé Ele pode mudar, como diz o salminsta, a “sorte de nossa vida”.
O caminho depende de nossa fidelidade e amor. Deus sozinho não age, precisa de nossa cooperação, do nosso sim.


Artigo extraido do livro "Quando rezar?"
Frei Patricio Sciadini

Internet, o bicho-papão?


Assim como foi a revolução causada pela rádio e posteriormente pela televisão, hoje, temos em mãos a internet, uma ferramenta que nos conecta, em segundos, com o mundo.
Enquanto tomamos uma xícara de chá, podemos visitar museus e ainda ver o que está acontecendo do outro lado do planeta. Para as nossas crianças, as lições de casa se tornaram mais fáceis. Os trabalhos de escola, que anteriormente eram feitos nas bibliotecas, para a maioria dos usuários se tornaram mais fáceis ao acessar os mecanismos de busca sem sair de seus quartos. Com esse bem tecnológico uma preocupação a mais surgiu para os pais com relação às suas crianças: o perigo na internet!
Sabemos que essa rede de computadores, colocada ao nosso alcance, não é somente um instrumento de pesquisa, mas também de entretenimento. Fóruns de discussões, chats, vídeos e ambientes virtuais, num mesmo espaço, marcam o diferencial para essa invenção tecnológica. Com tantas opções de acessos e com conteúdos praticamente sem restrições, a internet trouxe uma inquietação a mais para os pais a respeito de suas crianças “plugadas”.
Grandes invenções tornaram-se “perigosas” quando foram utilizadas de maneira desvirtuada aos propósitos que haviam sido idealizadas. Infelizmente, o conceito de “coisa perigosa” também tem sido aplicado a esta ferramenta. Visto que algumas pessoas se utilizam dela como instrumento de força a fim de subjugar pessoas a um estado de servidão emocional ou física.
O principal risco que vejo para este instrumento é o de nossas crianças acessarem material impróprio, tais como conteúdos eróticos, pornográficos, de natureza violenta ou conteúdos que possam encorajar atividades ilegais ou perigosas. Elas também correm o risco de – enquanto estão conectadas em salas de bate-papo – estabelecer amizades com pessoas que apenas desejam tirar vantagens da inocência delas, obtendo informações particulares que podem trazer danos para sua própria segurança ou de seus familiares.
As salas de bate-papo, que deveriam ser uma maneira de se estabelecer novas amizades, podem tornar-se um drama para os menos avisados. A facilidade do anonimato neste local virtual favorece as atividades de adultos inescrupulosos. Para aplicar golpes ou aliciar crianças e adolescentes, essas pessoas fingem pertencer à mesma faixa etária a fim de tirar vantagens da “amizade” ingênua. Em muitos casos de pedofilia são usados tais meios para conseguir a confiança de menores para posterior encontro.
Procedimentos de proteção para uma navegação segura já são encontrados na maioria dos navegadores, necessitando apenas, através de alguns cliques, programá-los.
Muitas vezes, vale a pena se considerar a possibilidade de estabelecer horários para acessar a rede ou até mesmo instalar o computador em local menos reservado.
Se tomarmos pequenas medidas de segurança, não será necessário classificar a internet como o "bicho-papão" do século, apenas para poupar nossos pequenos de um risco colocado por adultos.


José Eduardo Moura